Bananicultura: Produção e exportações brasileiras (2014-2018)

  • Post publicado:14 de setembro de 2020
  • Categoria do post:Artigos

O Brasil se destaca como um dos maiores produtores mundiais de frutas de clima tropical e temperado, com produção de mais de 40 milhões de toneladas a cada safra, e com uma área em produção de cerca de 2 milhões de hectares. Considerando a produção para consumo direto somada a produção destinada ao processamento, o Brasil é o terceiro produtor mundial de frutas, sendo superado apenas pela China e Índia. A bananicultura apresenta características especificas de agricultores familiares organizados em cooperativas e associações de produtores; ou de áreas em produção de grandes grupos multinacionais com alta produtividade em perímetros irrigados. O objetivo do trabalho é a discussão sobre a produção e o mercado brasileiro da bananicultura e a análise do mercado externo e as exportações brasileiras da fruta. Em 2016, a bananicultura mundial produziu 113,3 milhões de toneladas, em mais de 5,4 milhões de hectares colhidos da fruta. Em 2018, a produção brasileira de banana foi de 6,7 milhões de toneladas em 460 mil hectares de área em produção. Os quatro primeiros estados produtores concentram 43% da área colhida e 50% da quantidade produzida brasileira. A balança comercial brasileira mostra, além de problemas pontuais com a produção, a pouca articulação institucional e setorial com foco nas exportações e no grande mercado consumidor nacional ou novos mercados. Em 2017, três estados exportadores brasileiros foram responsáveis por 99,2% do volume da fruta comercializado com o exterior. Santa Catarina participou com 84,0% do total brasileiro exportado e o Ceará participou com 6,8%. As exportações de frutas frescas e processadas são uma excelente alternativa para antecipar receitas em função do descompasso do Brasil em relação aos seus principais concorrentes, na questão dos acordos fitossanitários e consolidação dos mercados sul-americano e europeu. Contudo, apesar do imenso potencial, ainda é necessária uma efetiva articulação estratégica institucional e setorial.Artigo na integra

Autor
Rogério Goulart Júnior