Caracterização socioeconômica da produção de uvas e vinhos de altitude de Santa Catarina

  • Post publicado:14 de setembro de 2020
  • Categoria do post:Artigos

No Brasil, uma indicação geográfica pode ser registrada, garantindo direito exclusivo relacionado à natureza e uso coletivo vinculado a um território ou região específica. A identificação de produtos e serviços vinculados a um território pode ser caracterizada como uma propriedade intelectual coletiva. As regiões dos “Vinhos de Altitude” estão localizadas nas Microrregiões de Joaçaba, Curitibanos e dos Campos de Lages no Estado de Santa Catarina. Essas regiões são constituídas por áreas com vinhedos localizados a partir de 900 metros acima do nível do mar. O ambiente natural definiu características de solo, temperatura e da microbiota presente nos vinhedos, além de inovações tecnológicas utilizadas na produção de uvas e vinhos de variedades de Vitis vinifera o que despertou o interesse para a implantação de uma Indicação Geográfica (IG) referente aos vinhos finos “de altitude”. O objetivo deste trabalho foi analisar as características socioeconômicas municipais relacionadas à importância da
vitivinicultura regional, com indicadores demográficos, produtivos e econômicos que compõem as regiões de  produção da IG. A vitivinicultura catarinense é responsável por 6,2% da área em produção brasileira, sendo que no Estado a participação da produção de uvas comuns (americanas e híbridas), de mesa e vinífera ficam em torno de 4,7% da quantidade produzida da fruticultura catarinense, com produtividade média de 14,0 mil quilos por hectare. Entre 2009 e 2017, o Estado de Santa Catarina com suas diferentes variedades de videira (Vitis vinifera L.) apresentou crescimento de 5,5% com novas áreas de cultivo, novas vinícolas e com investimentos em cantinas, hospedagem e gastronomia com foco no enoturismo, contribuindo para o desenvolvimento da
atividade. Nos municípios da região a agropecuária é relevante na composição do PIB2 municipal o que pode se refletir em uma maior dinâmica nos indicadores de desenvolvimento territorial da vitivinicultura regional. Artigo na integra

Autores
Rogério Goulart Júnior
Janice Maria Waintuch Reiter
Marcia Mondardo