Santa Catarina destaca-se nacionalmente na produção de proteínas de origem animal, dentre as quais as carnes de perus, patos e marrecos. Além de sua importância econômica e social, essas atividades destacam-se também pelo aspecto cultural envolvido. O surgimento e estruturação da produção animal normalmente é associado à predominância da agricultura familiar e ao perfil da colonização do estado. Entretanto, nas últimas décadas análises
empíricas apontam a existência de um processo de verticalização da produção, que leva à exclusão dos produtores com menores escalas de produção. O presente artigo busca identificar a participação da agricultura familiar na produção de perus, patos e marrecos. Para isso, dentre os produtores que destinaram animais para abate em estabelecimentos com inspeção sanitária no período de 2014 a 2017, identificou-se aqueles que possuíam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Os dados demonstram que, na média dos quatro anos, 78,36% dos produtores de perus e 58,40% dos produtores de patos e marrecos enquadram-se na categoria de agricultor familiar. Além disso, os agricultores familiares foram responsáveis por, em média, 59,31% dos perus e 54,22% dos patos e marrecos produzidos no período analisado. Artigo na integra
Ano: 2018
Autor (es):
Alexandre Luís Giehl – Epagri/Cepa
Jurandi Teodoro Gugel – Epagri/Cepa
Márcia Mondardo – Epagri/Cepa