A produção de suínos é uma das mais importantes atividades agropecuárias de Santa Catarina, respondendo por 17,7% do VBP do setor. O estado é o maior produtor nacional, com 26% dos abates, sendo também o principal exportador de carne suína, responsável por mais de 50% das exportações brasileiras em 2018. Mais que uma atividade econômica, a suinocultura tem grande relevância social e cultural, estando presente no cotidiano dos agricultores catarinenses desde o século XIX. Com a colonização do oeste de Santa Catarina, principalmente por descendentes de imigrantes europeus, e o posterior desenvolvimento da atividade suinícola, a região tornou-se a principal produtora de suínos do estado. Em 2018, 78,3% dos suínos produzidos no estado eram provenientes da mesorregião Oeste Catarinense. Contudo, tendo em vista que nem sempre os animais são abatidos no mesmo município ou região em que são produzidos, o presente artigo busca analisar a distribuição do abate de suínos dentre as mesorregiões catarinenses, de forma compreender melhor a estruturação dessa cadeia, além de averiguar eventuais mudanças entre 2013 e 2018. Para realizar essa análise, foram utilizados dados provenientes das Guias de Trânsito Animal (GTA). Primeiramente, identificou-se 192 frigoríficos que abateram suínos em 2013, 51,0% dos quais localizados na mesorregião Oeste Catarinense, 16,7% no Vale do Itajaí, 16,1% no Sul Catarinense e os demais nas outras três mesorregiões do estado. Em 2018, embora o número total de abatedouros tivesse caído 24%, a distribuição praticamente não sofreu alterações, com o Oeste concentrando 51,4% dos abatedouros, Vale do Itajaí 17,1% e Sul Catarinense 16,4%. Artigo na integra
Ano: 2018
Autor (es):
Alexandre Luís Giehl – Epagri/Cepa
Márcia Mondardo – Epagri/Cepa