O agronegócio brasileiro se consolidou como um dos pilares da economia brasileira, com destaque no cenário mundial, colocando o país como um dos maiores exportadores agrícolas do mundo. Dentro deste contexto, o estado de Santa Catarina desempenha um papel de importante contribuição, visto que 64,72% de suas exportações estão ligadas ao agronegócio, nas quais predomina a exportação de carne suína. Diante da relevância das exportações desta atividade para a economia catarinense e nacional, este estudo busca analisar o comportamento destas exportações ao longo dos últimos 20 anos. Para tanto, a abordagem do artigo parte da teoria clássica das vantagens comparativas de David Ricardo e na teoria de dotações de fatores de Heckscher-Ohlin e utiliza a decomposição da série histórica em tendência, sazonalidade e quebras estruturais como estratégia empírica. O estudo identificou uma quebra estrutural em 2016, que marcou uma mudança relevante na tendência das exportações. Deste
ponto em diante, observou-se um acelerado crescimento, contrastando com o período anterior, caracterizado por maior estabilidade. Onde embora apresentasse tendência mais estável, era afetada por flutuações causadas por maior demanda de alguns países e reduções ligadas a questões sanitárias e econômicas. A análise de sazonalidade mostrou um comportamento de
crescimento até agosto, quando atinge o ápice, seguido de uma redução gradual, refletindo a demanda dos principais países importadores. Fatores econômicos, variações sazonais de demanda ao longo do ano e condições sanitárias são identificados como as principais influências sobre o volume de exportações. Além disso, o estudo evidenciou a forte dependência do setor em relação a determinados mercados, o que pode representar tanto uma vantagem como um risco, dependendo das condições de mercado. Artigo na integra
Autores
Yasmin Metzler – EPAGRI/CEPA – metzleryasmin@gmail.com
Alexandre Luís Giehl – EPAGRI/CEPA – alexandregiehl@epagri.sc.gov.br